segunda-feira, 14 de abril de 2008

Tomo por meus alheios sentimentos
ao escrever sobre aquilo que não sinto
Deslizo sobre a pele de desconhecidos
para roubar-lhes assim o âmago
e depois vomitar suas mágoas
nalgum papel

Tomo por minhas alheias histórias
de seres que não conheci em vida
para que falem por meus dedos
o que não podem dizer com sons

Tomo por minhas alheias palavras
ao dizer que derramaria meu sangue por ti
quando preferiria o teu em taça!




Completamente prosaico...
Mas um desconto, ele deve ser de 2005 pelo menos, eu devia ter uns 16 aninhos...
só pra atualizar, e lembrar os velhos tempos
e como as criaturas das trevas me fascinavam, e ainda fascinam
apesar de não conseguir mais escrever sobre vampiros

3 comentários:

Anônimo disse...

Pq podres...?

Mas sei lá... não acho que não possas escrever sobre vampiros... e não quer dizer que este necessáriamente precisa ser lido desta forma...

É legal olhar coisas feitas anteriormente, feitas por uma pessoa muito diferente da que somos hoje. Mas ainda assim vc já tinha um jogo de palavras instigante. Mas lendo outros seus vê se um nítido amadurecimento de sua forma de escrita.

Bjuu...

elfo disse...

tão lindo...

a cris e suas fases

essa é do periodo a.C.(antes do Calvin)

xD

a gente até chamava ela de vampirinha, mas hoje nem chama mais

acho que o coraçãozinho dela deterreu ^^

ai que vontaaade de virar do avesso...

Eric Renan disse...

Era uma palavra que ficou presa. um sentimento aniquilado pelo silêncio.

O significado que tinha se perdeu pela resolução de confessar-me. Surgiu sufocada pela timidez e ecoou no vazio. Sem persuadir, "designificou" o impeto amoroso que antes nutria em ternos devâneios.

De repente silêncio. Não no mundo...No espírito! Não mais a imagem de sua voz ao ouvido... Não mais a vontade de te recebe em mim: complemento de existência. Lanço ao vácuo minha voz muda sem que ela retorne carinhosa como antes.

À noite, à janela , o céu imenso é sem sentido; as pálpebras dilatadas sem nada apreenderem do espaço ao seu redor. Toda beleza resulta inúltil sem a delicadeza daquilo que antes havia preso, aniquilado pelo silêncio.