segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bebi mais um gole daquela água. Quente e densa. Como uma dose de algum veneno. Ânsia, ódio. Então era assim. Fácil assim, o fim.
Em seus olhos eu vi a mais perfeita descrição da dor... a dor que saia do meu coração flechava-os, de modo que lacrimejavam como seringueiras. Passei a mão no cabelo, e, fingindo indiferença, bebi outro gole. Ofereci o líquido.
— Bem, isso é tudo que eu tenho pra te dizer.
Silêncio. Teria preferido brigas, questionamentos, qualquer coisa. Nunca aquele choro contido.
— Essa semana eu busco minhas coisas.
E sai, deixando o peso de mil homens mortos pra trás.



rascunho. essa personagem nem sabe o que quer da vida ainda. nem eu.