No corpo quase podre
os primeiros vermes germinavam
No céu abutres sobrevoavam
O sol quente latejava a cabeça
suas mãos sangravam
e não sentia as pernas
Naquela visão infernal
o cheiro pútrido cortava-lhe
o nariz e o cérebro
Não sabia de que lado
ficava o norte
ou se deveria ir ao sul
Uma manada de elefantes
surge à esquerda
Um leão caminha em sua direção
Refletiu-se naqueles olhos
Caiu de joelhos e chorou
As lágrimas formaram uma poça
Um outro alguém exato
lhe estendeu a mão
que foi picada por uma peçonha
A tempestade caiu num grito de dor
... adormeceu
e acordou em terras estranhas
(dejavu?oui,oui... é velho sim, mas em formato novo!
um viva a arte de recortar!
um viva ao meu eu-lírico!
um viva ao seu eu-lírico!
um brinde aos corpos que ainda estão quentes...)